O início de tudo
Para quem não sabe, somos casados à 14 anos e por 13 viajamos nas férias de carro, pelo Brasil e países da América do Sul.
Sempre foi super natural para a gente fazer essas viagens com o nosso carro, inclusive ficávamos os 11 meses do ano sem quase sair para fazer programas a 2 ou com amigos para quando finalmente chegasse o tão sonhado mês de férias pudéssemos fazer todos os passeios e aproveitar tudo que os lugares que visitávamos pudesse oferecer.
E sempre quando voltávamos para casa sentíamos um vazio, uma angústia de não pertencimento ao lugar onde estávamos.
Queríamos continuar explorando o mundo, viver sem CEP e isso só aumentava a cada ano que passava.
Insatisfeitos com a rotina
Ainda tem o fator violência. Em 2017 roubaram o nosso carro. Agradecemos que não teve agressão física e conseguimos recuperar o carro, mas o psicológico ficou abalado, passamos a sair somente o necessário e evitando passar onde tudo aconteceu.
Porque tudo o que aconteceu poderia ter sido diferente e ter acabado muito pior e talvez não estivéssemos aqui para contar a nossa história. E para quem é livre, que ama conhecer os lugares, ter essa liberdade tolida é frustante.
E somado a isso ainda tem a vida profissional que não estava caminhando como esperávamos, estávamos estressados e insatisfeitos.
O que nos levou a mudar
Os anos foram se passando e a insatisfação aumentando. E em 2019 a tia da Fernanda faleceu. Ela era quase uma mãe para ela. Foi uma perda muito grande e pensar na morte dela também pensamos na nossa.
Deixar a vida passar sem realizar os nossos sonhos é como não viver. A grande questão é não temer que a vida tenha fim e sim que ela nunca tenha começado de verdade.
Colocando em prática
Cogitamos a possibilidade de alugar o apartamento que morávamos para viver na estrada, mas dessa forma não era possível. Os gastos com a compra da casinha seriam grandes e a partir disso, resolvemos vender o apartamento.
Vendemos super rápido e nem tivemos tempo de digerir o começo dessa mudança, diante de todas as que ainda viriam.
E tudo o que julgávamos desnecessário para essa nova etapa vendemos ou doamos. Também foi necessário vender o Pipistrello, nosso carro, companheiro de muitas aventuras. Só deixamos as nossas lembranças materiais das viagens que fizemos.
É um processo de aprendizado desapegar de tantas coisas que você adquiriu durante ao longo da vida. O que de fato queremos levar dela são os aprendizados que vamos ter na memória e que ninguém te tira.
Assim começava a busca por nossa casinha. E temos um post aqui falando como escolhemos a Beluga, nosso Motorhome.
Ainda nessa época Alvaro trabalhava de CLT e pensava numa forma de sair do trabalho e foi gratificado por uma demissão. O que facilitou todo o processo.
Enfim pudemos escolher quem iria fabricar a nossa casa. No nosso planejamento, estaríamos na estrada em Novembro de 2019. Isso virou utopia porque nó nessa data que a casa começou a ser fabricada. É tão angustiante ver esse processo de longe ao longo destes 5 meses por meio de fotos e conversas online para definirmos as mudanças.
Estávamos contando os dias e organizando tudo que iríamos levar junto com nossos pais para pegar a casinha. E quando ela finalmente ficou pronta, o mundo parou. E diante dessa pandemia tivemos que adiar o nosso sonho por 3 meses.
Mesmo que tudo ainda não tenha terminado, não aquentávamos mais ficar longe dela e isso porque nem tínhamos visto ainda. Então no início de Julho, finalmente, conhecemos a Beluga. Ela é a realização de um sonho: Viver na estrada e isso só está no começo.
Realização do sonho
Vídeo emocionante sobre a nossa mudança de Vida.
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